O ciclo de quintas e as armaduras de clave

Veja primeiro: Intervalos e introdução a escalas.


O estudo do ciclo de quintas justas é importantíssimo por alguns motivos que venho a citar:

- Revela com facilidade a armadura de clave das tonalidades. (quantos e quais acidentes)
- Possibilita uma visualização rápida da quarta e quinta justas de cada nota, que mais tarde veremos ser os pilares da harmonia funcional.


Começamos como sempre em C, e usando o conhecimento de intervalos descobrimos sua quinta justa, que no caso é G.
Fazemos o mesmo com o G e assim por diante, até chegar novamente em C.
O ciclo fechado fica assim:

                             

Como podemos perceber o ciclo de quintas ,que é lido para direita, é também, ao contrário, o ciclo de quartas, lido para a esquerda. O ciclo de quintas nos diz as armaduras de clave que tem SUSTENIDOS, enquanto o de quartas, nos diz as armaduras que tem BEMÓIS. Veja bem:

Ja sabemos que a tonalidade de C MAIOR não possui nenhum acidente
A tonalidade que estiver imediatamente a direita no ciclo, ou seja sua quinta justa, terá UM sustenido.
Desta forma, seguindo este raciocínio, construimos uma tabela:

C não possui sustenidos.
G possui 1 sustenidos.
D possui 2 sustenidos.
A possui 3 sustenidos.                                             Ciclo de quintas (lendo para direita)
E possui 4 sustenidos.            
B possui 5 sustenidos.
F# possui 6 sustenidos.
C# possui 7 sustenidos.    (todas as notas sustenidas)

C não possui bemóis.
F possui 1 bemól.
Bb possui 2 bemóis.
Eb possui 3 bemóis.                                                  Ciclo de quartas (lendo para esquerda)
Ab possui 4 bemóis.
Db possui 5 bemóis.
Gb possui 6 bemóis.
Cb possui 7 bemóis.     (todas as notas bemóis)

Veja na figura:

Já sabemos então identificar quantos SUSTENIDOS ou BEMÓIS cada tonalidade possui, a outra informação que se pode extrair do ciclo é:  QUAIS SÃO ESSES SUSTENIDOS OU BEMÓIS ?
Isto é muito fácil:
os sustenidos são contados do F para a direita, enquanto os bemóis do Bb para a esquerda, conforme a figura:
 

                            

 Ou seja, suponhamos que se quer saber quais os acidentes da tonalidade de F#. Olhando a figura do ciclo de quintas podemos ver que F# possui 6#.
Mas quais ?
Os sustenidos são contados do F para a direita portanto:

1        2         3         4         5         6
F#     C#      G#       D#      A#       E#

Portanto a escala de F# maior será:

F#     G#      A#      B      C#      D#       E#        F#
     T       T       sT      T        T        T         sT



Decorar o ciclo de quintas e quartas é essencial para o estudo musical ! Decore-o falando-o inteiro, varias vezes, depois inverta decorando o de quartas, de forma que você torne esse raciocínio dos acidentes mecânico ! Em pouco tempo você vai conseguir descobrir quais os acidentes de qualquer tonalidade sem olhar na figura só seguindo o raciocínio do ciclo... 

C                    0#                            
G                    1#                F#
D                    2#                F# ,  C#
A                    3#                F# ,  C# , G#
E                    4#                 F# ,  C# , G# , D#
B                    5#                F# ,  C# , G# , D# , A#
F#                  6#                 F# ,  C# , G# , D# , A# , E#
C#                  7#                 F# ,  C# , G# , D# , A# , E# , B#

C                    0                
F                    1b                 Bb
Bb                  2b                 Bb , Eb
Eb                  3b                 Bb , Eb , Ab
Ab                  4b                 Bb , Eb , Ab , Db
Db                  5b                 Bb , Eb , Ab , Db , Gb
Gb                  6b                 Bb , Eb , Ab , Db , Gb , Cb
Cb                  7b                 Bb , Eb , Ab , Db , Gb , Cb , Fb


Armadura de clave é a representação dos acidentes na pauta, você coloca os acidentes no começo da partitura e seguindo essa lógica já sabe-se a tonalidade da música.

 



Cont

Introdução a escalas

Veja primeiro: Intervalos



Agora que conhecemos os intervalos musicais podemos pensar nas escalas.
Uma escala(do latim escada) é nada mais que uma sucessão de notas no âmbito de uma oitava separadas por intervalos.

Observando os intervalos entre as notas naturais começando em C perceberemos que elas se relacionam da seguinte forma:                         (Entenda T=Tom e St=Semitom)



      (T)               (T)           (St)           (T)             (T)            (T)           (St)
C              D               E              F              G              A              B              C    


Ou seja:
T T St T T T sT 

São essas diferenças intervalares que classificam diferentes escalas. No caso acima nós vimos a escala MAIOR. Ou seja; não importa de que nota você parta, se utilizar a configuração (Tom,Tom,Semitom,Tom,Tom,Tom,Semitom) estará fazendo uma escala maior.

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Exemplo: Faça a escala MAIOR de D                                                                          
Partindo de D usamos (T T St T T T St)



D              E               F#                G               A                 B                C#              E
      (T)             (T)              (St)             (T)             (T)              (T)               (St)




Exemplo: Faça a escala MAIOR de E
Partindo de E usamos (T T St T T T St)



 E             F#            G#            A                B              C#            D#              E
      (T)            (T)            (St)            (T)            (T)            (T)             (St)     




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 Como podemos perceber diferentes escalas maiores terão diferentes acidentes.
Aos diferentes conjuntos de acidentes que as tonalidades podem ter damos o nome de armadura de clave.Por exemplo, enquanto a escala de C MAIOR não tem nenhuma acidente na armadura de clave, a escala de E MAIOR tem 4, como visto no exemplo acima.

Para um estudo satisfatório das escalas o estudante deve memorizar as armaduras de clave de todas as tonalidades, ou seja, QUANTOS e QUAIS os acidentes de todas tonalidades. Veja como fazer isso no próximo post:

Ciclo de quintas e armaduras de clave

Intervalos

Veja primeiro: 'As notas musicais'




Conhecendo-se a relação entre as 12 notas do sistema musical ocidental podemos começar o estudo de intervalos.
O estudo dos intervalos musicais é muito importante para o desenvolvimento musical, visto que os intervalos são a base do estudo musical. É recomendável decorar a tabela de intervalos e também tocar os intervalos em um instrumento, procurando desenvolver intimidade com esses intervalos. Esses intervalos serão "as vogais e consoantes" na hora de fazer as melodias e harmonias, pois cada intervalo tem sua característica. Vale lembrar como exemplo o caso do trítono(intervalo de quarta aumentada ou quinta diminuta) que foi por muito tempo proibido na igreja ocidental por causar tensão demais a música. Mas afinal o que é um intervalo ?


Um intervalo é a relação de frequência entre 2 notas.


Por exemplo, se adotarmos a nota C como ponto de referência, Db estará a uma distância de 1 SEMITOM. Dizemos então que Db é 2ªm(Segunda menor) de C.


Logo,


Db é 2ªm (Segunda menor) de C.                                                    pois está a 1 Semitom de distância de C.
D é 2ªM(Segunda maior) de C.                                                        pois está a 2 Semitons de distância de C.
Eb é 3ªm(Terça menor) de C.                                                          pois está a 3 Semitons de distância de C.
E é 3ªM(Terça maior) de C.                                                             pois está a 4 Semitons de distância de C.
F é 4ªJ(Quarta justa) de C.                                                               pois está a 5 Semitons de distância de C.
Gb é 4ªaum/5ªdim(Quarta aumentada OU quinta diminuta) de C.         pois está a 6 Semitons de distância de C.
G é 5ªJ(Quinta justa) de C.                                                              pois está a 7 Semitons de distância de C.
Ab é 6ªm(Sexta menor) de C.                                                          pois está a 8 Semitons de distância de C.
A é 6ªM(Sexta maior) de C.                                                             pois está a 9 Semitons de distância de C.
Bb é 7ªm(Sétima menor) de C.                                                         pois está a 10 Semitons de distância de C.
B é 7ªM(Sétima maior) de C.                                                         pois está a 11 Semitons de distância de C.
C é 8ªJ(Oitava justa) de C.                                                            pois está a 12 Semitons de distância de C.


Repare que os intervalos de 4ª, 5ª e 8ª são JUSTOS, os outros são MAIORES ou MENORES.
Essa tabela distância/intervalo deve ser decorada de forma que você consiga responder facilmente qual é X intervalo saindo de Y nota. E vice-versa.


Por exemplo: Qual a 5ªJ de Ab ?      
Resposta:    Se a 5ªJ tem 7 semitons de distância           Ab>A>Bb>B>C>Db>D>Eb        Mi bemol.  


E a nota D# é 3ªm de quem ?
Resposta:   Se a 3ªm tem 3 semitons de distância           D#<D<C#<C       


MAS ATENÇÃO***   A resposta C estaria errada neste último exercício pois D# é 2ªaum de dó.
                                     O correto aqui seria trocar C por seu enarmônico B#. Ou seja D# é 3ªm de B#.


Agora você deve estar pensando: Mas porquê 2ªaum? 


Veja bem, D sempre será SEGUNDA de C, o que mudará é o tamanho do intervalo.
D é 2ªM de C não é?
D# é 2ªaum de C
D## é 2ªmais que aum de C
D### é 2ªsuper aum de C
D#### é 2ªsuper aum de C
D#####.......................................... e assim por diante.


da mesma forma
Db é 2ªm de C não é?
Dbb é 2ªdim de C
Dbbb é 2ªmais que dim de C
Dbbbb é 2ªsuper dim de C..............          e assim por diante.


Agora voltando no exercício:


E a nota D# é 3ªm de quem ?
Resposta:   Se a 3ªm tem 3 semitons de distância           D#<D<C#<C    Mas como D é terça(3) de B (e não de dó) a resposta é B#.


Pegou ?


Um intervalo menor, quando decrescido de um semitom, se transforma em um intervalo diminuto.
Um intervalo maior, quando acrescido de um semitom, se transforma em um intervalo aumentado.
Um intervalo diminuto, quando decrescido de um semitom, se transforma em um intervalo superdiminuto.
Um intervalo aumentado, quando acrescido de um semitom, se transforma em um intervalo superaumentado.
Um intervalo justo ou perfeito, quando decrescido de um semitom, se transforma em um intervalo diminuto.
Um intervalo justo ou perfeito, quando acrescido de um semitom, se transforma em um intervalo aumentado.


Quanto a classificação os intervalos podem ser melódicos(notas tocadas em sequência) ou harmônicos(notas tocadas ao mesmo tempo). Se melódicos podem ser ascendentes(da menor a maior altura) ou descendentes(da maior a menor altura).


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Com exercícios fica bem fácil,


4J            de               Eb ?      R:  Quarta de E é A. Se é JUSTO são 5 semitons.   Eb+5st =  Ab


7m           de               A   ?     R:  Setima de A é G. Se é MENOR são 10 semitons.   A+11st = G


6M           de               D#  ?    R: Sexta de D é B. Se é MAIOR são 9 semitons. D#+9st = B#   


3aum        de              C     ?    R: Terça de C é E. Se é AUM são 5 semitons(4 da terça maior + 1). C+5st = E#


6dim         de              Bb   ?  R:  Sexta de B é G. Se é DIM são 7 semitons(8 da sexta menor - 1). Bb+7st = Gbb


3mais que aum    de   F    ?   R: Terça de F é A. Se é MAIS QUE AUM são 6 semitons(5 da terça aum + 1). F+6st = A##


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Quanto mais na ponta da lingua estiverem os intervalos melhor vai ser seu desempenho na sequência.
Um ótimo exercício pra percepção é a memorização sonora de todos estes intervalos. Começe memorizando os intervalos mais simples e consonantes, como a 8ªJ, a 5ªJ, 3ªM e depois vá para os outros... associe músicas de seu gosto aos intervalos e decora-los será fácil.
Ex: O hino do Brasil começa com um intervalo de 4ªJ.


G.


                 

Série harmônica, timbre e envelope sonoro

Timbre é a característica sonora que nos permite distinguir sons de mesma frequência. Em outras palavras, o timbre é como a identidade musical de um instrumento.

Pra entendermos melhor o conceito de timbre precisamos entender como funciona a SÉRIE HARMÔNICA.

a SÉRIE HARMÔNICA foi descoberta por Pitágoras, que percebeu que uma corda normal não vibra só em toda sua extensão, mais em vários nós, em alturas maiores.

Faça a experiência você mesmo ! Pegue o seu violão e toque a corda mais grave solta. Agora encoste o dedo na corda na região da 12ª casa (só encoste não aperte a corta até encostar na madeira) e toque a corda. O que acontece é um harmônico ! O que você fez foi nada mais do que dividir a corda em dois, se você olhar atentamente poderá perceber que o exato lugar onde você pôs o dedo não vibra, porém as duas divisões da corda vibram !

Pitágoras então percebeu que se obtiam diferentes harmônicos e cada vez mais agudos quando ele dividia a corda em 2, 3, 4, 5, 6 vezes e assim por diante....  então ele mediu a frequência desses harmônicos e obteve que:

Se um corpo vibra a                      110hz (lá)                             [primeiro harmônico]
o segundo harmônico vibrará a       220hz (uma oitava a cima do anterior)
o terceiro harmônico vibrará a        330hz (uma quinta a cima do anterior)
o quarto harmônico vibrará a          440hz (duas oitavas a cima do primeiro)
o quinto harmônico vibrará a           550hz (uma terça a cima do anterior)
o sexto harmônico vibrará a            660hz (uma quinta a cima do anterior)
o sétimo harmônico vibrará a          770hz (aprox uma sétima a cima do anterior)
o oitavo harmônico vibrará a           880hz (três oitavas a cima do primeiro)
E assim por diante.

Repare que para descobrir um harmônico é só multiplicar a frequência desejada pelo número do harmônico.

a partir do 5º harmônico todos os harmônicos ímpares soam desafinados para nossa escala ocidental pois nós optamos por temperar a escala deixando-a uniforme. Mas entende-se aí de onde veio o conceito da conssonância.... A própria natureza na série harmônica nos mostra que a nota mais conssonante (depois da oitava que é a própria nota) é a QUINTA..... e é nela própria e na sua inversão a QUARTA que são construídos os pilares da harmonia tradicional......

E onde entra um timbre nisso tudo ? Esses harmônicos todos da corda do Pitágoras tem INTENSIDADE ou seja VOLUME, não tem ? são essas diferenças de intensidades de harmônicos que dão característica a um som.
Existem instrumentos que tem o segundo harmônico mais audível que o primeiro, instrumentos que tem os harmônicos ímpares maiores, etc.....

Outro fator essencial para diferenciarmos dois sons de mesma frequência é o ENVELOPE SONORO ou ENVELOPE ADSR.

ADSR vem de:
ATAQUE, DECAIMENTO, SUSTENTAÇÃO e RELAXAMENTO.



ATAQUE é o início de cada nota musical, instrumentos de percussão, por exemplo, tem um ataque muito alto e rápido, enquanto numa flauta ou instrumento de arco o ataque é lento.

DECAIMENTO é o som que sucede o ataque. Na maioria dos sons existe um tempo até o som se estabilizar, por exemplo em uma flauta, o sopro do músico empurra a palheta, este seria o ataque, porém logo após existe um intervalo minúsculo que é o tempo que a palheta demora para voltar a seu lugar. O mesmo acontece num violão no momento que a unha percute a corda, etc.

SUSTENTAÇÃO é o tempo de duração da nota, a maioria dos instrumentos permite o executante controlar esse tempo, porém existém casos, como o exemplo dos percussivos aonde não se tem o controle da sustentação.

RELAXAMENTO é o final da nota, o tempo que demora para de extinguir. Pode ser lento como num gongo ou brusco como num instrumento de sopro quando o músico corta o ar.

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Por incrível que pareça esse envelope influencia no timbre tanto quanto os harmônicos..... hoje em dia você consegue facilmente mexer nos envelopes sonoros de um som em qualquer software de áudio disponível no mercado.... faça o teste !!! Tire o ataque de um instrumento percussivo e você vai ficar impressionado.... a grande maioria de informção (mesmo o cérebro não percebendo) se encontra nos primeiros milisegundos !

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Resumindo..... se não fossem as diferentes intensidades dos harmônicos ou os diferentes envelopes sonoros todos os sons seriam iguais !!!

Jah blesssss
G.

As propriedades físicas do som e a música

Música é a arte dos sons.
É constituída de MELODIA, HARMONIA e RITMO.

Melodia é uma sucessão coerente de sons e silêncio, que se desenvolvem em sequência linear e com identidade própria. Entende-se no pentagrama como a associação horizontal das notas.
Ex: O canto em uma música; um solo de guitarra.

Harmonia é um conceito musical relacionado a sobreposição de frequências e seus resultados, sendo estes dissonantes ou consonantes. Entende-se no pentagrama como sendo a associação vertical das notas.
Ex: Um acorde em uma música; as notas que possibilitam um instrumento solar.

Ritmo é entendido na música como a variação das diferentes durações de um som com o tempo. Quando regido por regras, é chamado de métrica.
Ex: A marcação de um tamborim no samba; a bateria no rock, etc.

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A matéria-prima da música, são os sons.

Sons são variações de pressão muito rápidas que se propagam na forma de ondas em um meio elástico. São medidos em HERTZ, que nada mais são que VIBRAÇÕES POR SEGUNDO.

Você consegue mexer sua mão para frente e para trás em 1 segundo ????
Então parabéns você consegue tocar com sua mão um som de 1 hertz !!!!

É esse ar que você empurrou que vai empurrar seu tímpano e fazer seu cérebro entender como um som..... ué mais então pq eu não ouvi nada ???

Porque o ouvido humano ouve frequências que vão aproximadamente de 20hz até 20.000hz..... com a maturação o ouvido se desgasta e o espectro auditivo diminui por isso cuide bem do seu ouvido !!!

AS PROPRIEDADES FÍSICAS DO SOMSão 4 as propriedades físicas do som: ALTURA, INTENSIDADE, DURAÇÃO e TIMBRE

Altura é a propriedade que se relaciona com a frequência de um som (não confundir altura com volume). Ou seja um som tem uma altura mais grave ou aguda que pode ser medida em frequência(hz).

Intensidade é a força com qual o som é emitido e se relaciona com o volume. É medida em decibéis(db).

Duração é o tempo por qual um som se prolonga e no contexto musical é medido com figuras musicais.

Timbre é a diferente relação de harmônicos contidos em um mesmo som. Explicarei melhor em outro tópico, mais de modo breve, um único som é formado por vários harmônicos...... ele pode ter mais um harmônico do que outro, ou não ter algum deles.... essa mistura de harmônicos que é chamada de timbre, que é o que junto ao envelope sonoro dá a característica sonora do som.

G.

As notas musicais

Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si.

   A nomenclatura musical que temos hoje vem do século XII e foi organizada pelo monge beneditino Guido d'Arezzo, que viveu por volta de 995 a 1050. Ele "batizou" as notas musicais aproveitando a primeira sílaba de cada verso do seguinte hino à São João Batista:

Ut queant laxis,

Resonare fibris,

Mira gestorum,

Famuli tuorum,

Solve polluti,

Labii reatum.

O 'Ut' ainda é usado na França, mais a dificuldade de pronunciar a palavra (especialmente em exercícios de solfejo) acabou por facilitar sua mudança para o Dó que usamos, que provavelmente veio da palavra 'Dominus' (Senhor).

O 'Si' foi formado da primeira letra de Sancte e da primeira de Ioannes, que era a grafia latina para o nome de São João.

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Podemos então chamar a menor distância entre duas notas de SEMITOM, e seu dobro de TOM, ou seja:

1 TOM = 2 SEMITONS

O sistema musical ocidental trabalha com uma escala temperada de 12 sons. Sendo a relação entre eles a seguinte:

    C#(Db)        D#(Eb)                       F#(Gb)        G#(Ab)        A#(Bb)                
   /            \     /          \                     /           \     /             \     /           \
C                D               E      -       F               G                 A               B      -      C

Repare que entre as notas E e F, assim como entre as notas B e C só existe um SEMITOM, porém entre as demais notas existem ACIDENTES.

Acidentes são alterações usadas nas notas pra modificar sua altura. O símbolo '#' chama-se 'sustenido' e eleva a nota em que é usado em um SEMITOM, enquanto o símbolo 'b', chamado 'bemol', desce a nota um SEMITOM.

Podemos então medir a relação de distância entre as notas com TONS e SEMITONS. 

Exemplo: Entre C e D existem 2 semitons (ou 1 tom).                    
                Entre C e E existem 4 semitons (ou 2 tons). 
                Entre E e F existe 1 semitom. Entre B e C também.
                Entre Db e F existem 4 semitons
                Entre C e G existem 7 semitons (ou 3 Tons e meio)
                Entre D# e E existe 1 semitom.
                Etc.........


Exercício: Medir a relação de distância (em TONS e SEMITONS) entre as seguintes notas:
                 Fb e A#
                 D# e F
                 Bb e E#
                 Cbb e G##
                 Etc.............
               
Lembrando-se sempre que de E para F e de B para C existe apenas 1 SEMITOM ou seja; Fb é a mesma coisa que E, por exemplo. O mesmo acontece com E# que soa o mesmo que F.

Lembrando também que cada sustenido elevará a nota em 1 SEMITOM, por exemplo C#### soaria o mesmo que E, pois C + 4 semitons = E. O mesmo se aplica aos bemóis.

G.

      

CentroTonal o blog das ondas sonoras

Música pra ler:
Juanjo Dominguez - La cumparsita

Salve salve parceiros,


Começo agora o blog CentroTonal, o repouso de todas tensões da era moderna. Aqui serão publicadas idéias, fatos, curiosidades, discussões, e sobretudo textos mal escritos por mim, Gabriel Ferreira, acerca da mais pura forma de energia que conhecemos: o som.


Deixe eu me apresentar,


Gabriel Pereira Ferreira, tenho 22 anos e moro em São Paulo. Aficcionado não só pela música mais pelo som em todas suas formas, cresci ouvindo todo tipo de música até encontrar o rock anos 70, no qual perdi ( ou melhor, ganhei ) um bom tempo da minha vida. Aos 10 anos ganhei minha primeira guitarra e começei a aprender alguma coisa sobre o som. Infelizmente acabei seguindo outro caminho que não o da música pois nunca tive o apoio necessário da família, e nem mesmo condição de me sustentar com a música. Enfim, o tempo passou, e a idéia de trabalhar como engenheiro e ter uma boa situação financeira foi facilmente desbancada pela minha paixão sonora e isso me fez largar a faculdade de engenharia para viver exclusivamente de música. Estudante autodidata de violão desde os 15 anos, engressei com minha namorada Luana Cristilli nos bares de São Paulo e começamos a tocar tudo que nossa rica música popular soube nos ensinar. Atualmente estou cursando o último ano da faculdade Anhembi Morumbi em produção musical. Continuo minha carreira como músico e pretendo me aprofundar cada vez mais no maravilhoso universo da engenharia sonora, pois as ondas nada mais são que a matéria-prima da vida, e o som pode ( deve ) ser muito melhor estudado para assim melhor comprendermos muitos fenômenos físicos associados a tais ondas.


Um abraço,
Gpf.